aranha loxosceles gaucho1

Aranhas possuem apenas dois segmentos corporais (ao contrário dos insetos, que possuem três): o céfalotórax, ou prosoma, (resultado do tórax fundido com a cabeça) e o abdômen chamado de opistosoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada de pedúnculo.

O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida formada principalmente por quitina.

As aranhas possuem oito pernas (enquanto insetos possuem seis) e seus olhos são lentes únicas, em vez de lentes

compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho, como no caso de algumas aranhas cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito fina, e os pedipalpo (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular alimentos. A boca fica entre os palpos. Há vários tipos de aranhas, as venenosas e aquelas que "saltam" querendo se proteger.

Ao contrário do que muitos pensam, as aranhas não são insetos.

Juntamente com os escorpiões, os carrapatos e os ácaros, as aranhas pertencem à classe dos Arachnida, ao filo dos artrópodes e subfilo Chelicerata, que inclui, além dos aracnídeos, a classe dos insetos, doscrustáceos e outras.

Origem da palavra aranha: Foi o vocábulo grego aráchneque deu origem à palavra aranha e ao termo aracnídeo, que designa a classe à qual pertencem esses pequenos animais.

Dados interessantes; - As teias de uma aranha são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro. - Além disso a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento inicial. - As teias resistem a água e a temperaturas até -45ºC sem se romperem. - A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mais sua pata é equipada com pêlos que não permitem que isso aconteça. - Embora existam 35.000 espécies de aranhas, alguns estudiosos calculam até 100.000 espécies de aranhas. - Essas 35.000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que apenas 20 á 30 espécies são consideráveis perigosas para o homem.


Aranhas Marrons




São aranhas muito pequenas, não passando de 4 cm de envergadura, vivem em ambientes escuros e secos onde fazem teias irregulares, muito parecidas com fiapos de algodão, onde capturam seu alimento que é composto basicamente por insetos (moscas, besouros, baratas,etc). Na natureza, as aranhas marrons são encontradas sob cascas de árvores, debaixo de pedras e dentro de grutas. Nas cidades, esses animais proliferam dentro das residências humanas, onde fazem teias atrás de móveis; quadros; pilhas de madeira e material de construção. São aranhas muito tímidas e de hábitos noturnos e os acidentes ocorrem quando são comprimidas contra o corpo dentro de roupas, toalhas, roupas de cama etc. Seu veneno é extremamente tóxico para o organismo humano e o local da picada apresenta bolhas; inchaço; aumento de temperatura e lesões hemorrágicas; com ou sem dor em queimação. A ausência de dor faz com que o acidentado demore a procurar socorro médico, o que pode complicar o tratamento. Após alguns dias a área da picada apresenta necrose que deixa uma úlcera de difícil cicatrização. Outras alterações que podem aparecer no acidente por aranhas marrons são : febre alta nas primeiras 24 horas, dor de cabeça; coceira generalizada; dor muscular ; náuseas; vômitos; visão turva; diarréia; sonolência; irritabilidade e, nos casos graves, coma. Em certo número de acidentes podem ocorrem complicações devido à ação do veneno sobre as células do sangue, ocasionando anemia, equimoses e urina com sangue o que pode levar a insuficiência renal aguda e óbitos.
Medidas simples como afastar as camas e berços das paredes; evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão; não pendurar roupas nas paredes; examinar roupas principalmente camisas, blusas e calças antes de vestir e inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los são muito eficazes para impedir a ocorrência de picadas por aranhas marrons.
MAS, ATENÇÃO: NEM TODA ARANHA QUE VIVE EM NOSSAS CASAS OU QUE TENHA COLORIDO MARROM CAUSA ESSE QUADRO. A MAIORIA DAS ARANHAS "CASEIRAS" NÃO É DE ANIMAIS PERIGOSOS.


Fonte Site IVB

 

Nossa opinião:A matéria acima, é de vital importância em nossa região(dos lagos/Rj), já que a mesma é endêmica, e ocorrem diarimente vários acidentes, com este tipo de animal e muitas vezes, os pais, ou responsáveis, principalmente por crianças acidentadas, inicialmente, entram em desespero. Felizmente, na sua maioria, acidentes leves, criando pequenos inchaços e dores localizadas, que nem chegam ser notificados, à autoridade em saúde do Município. Os hospitais da região, têm capacitado equipes de saúde, quanto ao tema.

Aranha Viúva Negra





Créd. da Foto: Fiocruz


Nome científico: 
Latrodectus curacaviensis
Nome comum: Viúva Negra

As viúvas-negras são aranhas muito conhecidas, tanto pelo fato de matarem os machos após o acasalamento como também pelo seu 'veneno fatal'. São pequenas, medindo cerca de três centímetros. Uma de suas principais características é um desenho avermelhado, na região inferior do abdome, em forma de ampulheta. 

O veneno das viúvas-negras brasileiras é muito menos tóxico do que aqueles presentes nas espécies européias. No Brasil existem poucos casos considerados graves e muitas vezes estão associados à sensibilidade do picado. Seu veneno tem ação neurotóxico.Isso significa que ao ser picado (a), a presa, ou pessoa terá afetado seu sistema nervoso central e locomotor, havendo a paralisação contínua de órgãos vitais, e, se não tratada, com soroterapia adequada, à consequente morte.


Aranha Marrom.





Imagem: FIOCRUZ


Nome científico: Loxosceles gaucho, L. laeta, L. intermedia
Nome comum: Aranha Marrom


É a aranha brasileira que possui veneno mais ativo. Tem uma coloração marrom esverdeada seu corpo total raramente ultrapassa os 3 centímetros. É uma espécie de aranha doméstica, encontrada em locais escuros e úmidos como quina de pias, rachaduras de parede, livros, telhas e tijolos empilhados. Possuem como característica a teia similar a um chumaço de algodão.Muitas aranhas inofensivas se parecem e vivem nos mesmos locais da aranha marrom, mas, somente um especialista tem condição de fazer a distinção com segurança. Devido à sua fragilidade, seus acidentes ocorrem quando ela penetra dentro da roupa e, ao vestir, são pressionadas e picam.Como sua picada não é muito dolorida muitas vezes a pessoa pensam tratar-se de alguma "farpa" presa à roupa e não dão muita importância. Seu veneno produz necrose no local da picada. É necessário soroterapia específica e acompanhamento médico.
Fonte Fiocruz; com algumas informações técnicas, postadas pelo Biólogo Ambiental Carlos Simas.

Arquivos de Categorias: Aranha Caranguejeira

Aranhas caranguejeiras – 9 espécies habitam árvores em diferentes regiões do Brasil

Uma fêmea da caranguejeira ‘Typhochlaena costae’
(Foto: Reprodução/’ZooKeys’)

Um pesquisador do Instituto Butantan, sediado em São Paulo, descobriu nove espécies novas de aranhas caranguejeiras brasileiras, naturais de vegetações de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. O estudo com a descrição dos animais foi publicado na última semana no periódico “ZooKeys”.

Aranha ‘Typhochlena curumim’, encontrada na Paraíba, segundo o estudo (Foto: Reprodução/’ZooKeys’)

As espécies, pertencentes a três gêneros distintos, são Typhochlaena amma, Typhochlaena costae, Typhochlaena curumim, Typhochlaena paschoali, Pachistopelma bromelicola, Iridopelma katiae, Iridopelma marcoi, Iridopelma oliveirai e Iridopelma vanini.

Uma fêmea da aranha caranguejeira ‘Typhochlaena amma’
(Foto: Reprodução/’ZooKeys’)

As caranguejeiras são encontradas em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste brasileiros, segundo o aracnólogo Rogério Bertani, pesquisador do Butantan e responsável pelo achado. Ele ressalta que os animais têm hábitos arborícolas, isto é, vivem em árvores e plantas.

Algumas espécies são bem pequenas. “Dá para dizer que são as menores [caranguejeiras] arborícolas do mundo”, disse Bertani. Um dos três gêneros tem características antigas, o que torna algumas das aranhas “quase relíquias”, na visão do cientista. “São remanescentes. É como algo que sobreviveu ao tempo.”

Duas das novas espécies vivem dentro de bromélias, comportamento raro em aracnídeos deste tipo, informa o pesquisador. Como as espécies são coloridas e chamativas, ele teme pelo impacto do tráfico de animais.

Apesar de não haver pesquisas que mostrem que as espécies estão ameaçadas, algumas delas são raras e podem correr risco de desaparecer, segundo o cientista. Ele aponta fatores que reforçam o risco, como a dependência de vegetação, já que as aranhas são arborícolas; a destruição dos habitats naturais, que sofrem há anos com o desmatamento; e o fato de os animais viverem em áreas específicas, com distribuição limitada pelo território brasileiro.

Para Bertani, a descoberta das novas espécies é importante para mostrar que existe uma grande fauna na Mata Atlântica e no Cerrado, que precisa ser melhor estudada por ser pouco conhecida.
As caranguejeiras brasileiras possuem veneno, em geral, mas não são consideradas peçonhentas porque o efeito é fraco para as pessoas. A aranha usa a substância para capturar insetos e outros pequenos animais usados em sua alimentação.

mosquitos

 

O controle da Dengue é um grande desafio mundial. Estima-se que mais de 2,5 bilhões de pessoas vivam em áreas de risco de dengue, sobretudo em áreas tropicais e subtropicais (WHO/TDR 2006).



 
O mosquito transmissor apresenta uma enorme facilidade de adaptação em diversas condições ambientais. Além disso, deve-se considerar o crescimento populacional e a urbanização acelerada, associadas a uma infra-estrutura de saneamento básico deficiente, em várias regiões do mundo.
 
Considerando que, ainda, não se dispõe de vacina comprovadamente eficaz e nem de tratamento etiológico específico, o controle da Dengue consiste, basicamente, no combate ao vetor e na adoção de medidas para reduzir a letalidade da doença (Gubler 1989, Gubler & Clark 1994).
 
No Brasil, no início do século XX houve um combate sistematizado ao Aedes aegypti, com o objetivo de erradicar a febre amarela urbana (FUNASA 2001). Em meados da década de 30, a Fundação Rockefeller executou várias campanhas de erradicação do vetor no continente americano (Löwy 1999).
 
A partir da década de 40, a PAHO e a WHO coordenaram programas de erradicação continental do Aedes aegypti, obtendo êxito, principalmente no Brasil, que entre o início da década de 40 e final da década de 70 foi considerado, por duas vezes, área livre de Aedes aegypiti, em 1955 e 1973. (Donalisio et al.2001, Tauil 2002).
 
CONTROLE MAIS RECENTE NO BRASIL
 
No entanto desde a sua última reintrodução, em 1976, o mosquito não foi mais erradicado e isso ocorreu devido às falhas da vigilância epidemiológica e às más condições sócio ambientais decorrentes da urbanização acelerada, facilitando a dispersão ativa e passiva do mosquito. Nesta época foram utilizados métodos tradicionais na tentativa de erradicar o vetor, mas que não foram bem sucedidos.
 
Os programas, coordenados pela extinta Sucam, centraram-se em produtos químicos, com a limitada participação da comunidade e com pouca utilização de instrumentos epidemiológicos. Estes programas eram incapazes de conter a reprodução e dispersão do vetor por causa de sua grande capacidade de adaptação a um ambiente que muda rapidamente pela urbanização (MS/SVS 2003).
 
PLANO DE ERRADICAÇÃO DO AEDES AEGYPTI (PEAe)
 
Em 1996, o Ministério da Saúde do Brasil implantou o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAe). Na prática, o PEAe contribuiu para luta contra o vetor, aumentando consideravelmente recursos para o projeto.
 
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA DENGUE (PIACID)
 
As atividades da prevenção centraram-se principalmente em torno da utilização dos inseticidas, no entanto este programa não conseguiu diminuir o avanço do mosquito para a maioria dos estados brasileiros, com isso o Ministério mudou as metas de erradicação para controle do vetor e criou o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue, onde o foco das ações centrou-se no combate do vetor nas áreas de maior incidência da doença (PIACD) (FUNASA 2001).
 
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE (PNCD)
 
Dando continuidade ao PIACD, em 2002 foi implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), tendo como principais objetivos: reduzir a infestação pelo o Aedes aegypti, reduzir a incidência da dengue e reduzir da letalidade por febre hemorrágica da dengue (MS/FUNASA 2002, Braga et al. 2005). Os principais criadouros do mosquito são reservatórios artificiais de água, produzidos pelos seres humanos (Tauil 2006).
 
PROGRAMA ATUAL NO CONTROLE DA DENGUE (PNCD)
 
O enfoque atual do programa de controle da dengue é a eliminação mecânica dos criadouros, com vistas a reduzir os índices de infestação do vetor. Assim sendo, o combate atual ao Aedes aegypti inclui saneamento do meio ambiente que tem como base a educação, a comunicação e a informação visando esclarecer a população sobre os possíveis criadouros do mosquito. O combate direto ao vetor consiste em ações contra as larvas e contra os mosquitos adultos.
 
Para a eliminação das formas imaturas (larva) utiliza-se larvicida químico ou controle biológico com o uso de peixes e/ou bactérias específicas que infectam as larvas do mosquito e, para a eliminação da forma alada (mosquito adulto) utiliza-se inseticida químico (Tauil 2001, Teixeira et al. 2001, MS/FUNASA 2002).
 
O mosquito adulto já apresenta resistência aos inseticidas organoclorados, Organofosforados e, parcialmente aos piretróides. As larvas, também, têm apresentado resistência aos Organofosforados (Tauil 21 2006).
 
Cabe ressaltar que, atualmente, nenhum país do mundo conseguiu eliminar a transmissão da Dengue após a sua reemergência, na segunda metade do século XX (Tauil 2006). Considerando que não existem evidências da viabilidade de uma política de erradicação do vetor, em curto prazo, o PNCD busca incorporar às estratégias de controle, elementos como a mobilização social e a participação comunitária, para combater, de forma mais adequada, um vetor altamente domiciliado e facilmente adaptável às mais diversas condições ambientais.
 
Nossa Opinião:
 
15ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (2015)
 
Na data de hoje (04/12/2015) no encerramento da 15ª Conferência Nacional sobre Saúde, ficou estabelecido que SEJA prioridade o combate sistemático ao vetor do Zika Vírus, o mesmo mosquito que transmite também a Dengue, Chikungunya e Febre Amarela, o Aedes aegypti; agora em virtude do agravamento de casos de Microcefalia (que é a malformação e diminuição do crânio humano, ainda durante a fase da MEIOSE (subdivisão da célula durante a formação do órgão) no país. 
 
INEFICÁCIA E ERROS SUCESSIVOS NO CONTROLE AO VETOR
 
O presente artigo (*Dissertação de Mestrado) procura mostrar que a luta contra o Aedes aegypti é antiga e não se conseguiu sua erradicação permanente, por uma série de dificuldades que passa desde a ineficácia no uso de inseticidas químicos, até o não alcance de ações urbanísticas também necessárias e infelizmente não realizadas, como o saneamento básico à população.
 
O plano atual de Controle do vetor Aedes aegypti (PNCD), que vigora desde 2002 é até realístico, pois agora incorpora ações mecânicas, químicas, biológicas e, sobretudo ações educativas à população. Em nossa modesta opinião, uma vez que temos formação técnica e científica nesta área há quase 15 anos e atuamos diariamente como agente de saúde, agora há quase 30 anos (1988) é que a grande falha se encontra na fase da comunicação com a população.
 
Nesse sentido corrobora conosco grandes especialistas em saúde pública, como o reconhecido Infectologista, Dr. Edmilson Migowski da UFRJ, como se depreende da matéria no link abaixo, que fala sobre a vergonha da Dengue no Brasil, pela falha de comunicação do gestor público junto à população.
 
http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/edimilson-migowski-uma-vergonha-nacional-chamada-dengue-1.8675
 
Ao nosso melhor juízo, sempre é melhor fazer alguma coisa que nada, e óbvio, porém ações como essas que agora se pretende executar com a Defesa Civil Nacional, inclusive com a participação do Exército não resolvem jamais o controle sobre o vetor Aedes aegypti. Senão veja o por quê:
 
Quem atua já há quase trinta anos, diariamente no controle do vetor, já viu por diversas vezes essas ações, que são atabalhoadas com agentes do Exército, Bombeiros e outros, que da noite para o dia, sem um treinamento sólido (até pelo desespero para o imediato início das ações) são “jogados” nas ruas e na visitação de casas e muitas vezes nem entram de verdade no domicílio.
 
IMPOSSÍVEL O CONTROLE DO VETOR
 
Por esse e outros tantos motivos nunca até agora se conseguiu controlar permanentemente o Aedes aegypti e quem é técnico de verdade e é honesto admitirá prontamente que se não mudarmos à dinâmica do Controle, a tendência é a piora sistemática da situação, pois faltou e falta até agora “seriedade de verdade” neste trabalho que pode salvar vidas.
 
DINHEIRO A VONTADE SEM PRESTAÇÃO DE CONTAS DO TRABALHO
 
A primeira coisa a ser feita e que nunca se quis fazer, meramente por politicagem é atribuir urgentemente responsabilidade legal às PREFEITURAS E ESTADOS na prestação de contas sobre o que eles fazem ou deixam de fazer como entes federais, e, pasmem, só este ano eles contam com verbas de mais de R$ 1.250.000,00 (UM BILHÃO E DUZENTOS E CINQUENTA MILHÕES DE REAIS.
 
É uma doideira, porém recentemente o próprio Ministério da Saúde veio a público esclarecer que por lei as PREFEITURAS NÃO ESTÃO OBRIGADAS a prestação de contas sobre o trabalho desenvolvido no controle do mosquito Aedes aegypti.
Será que os Estados estariam obrigados a essa prestação de contas de mais de UM BILHÃO E DUZENTOS MILHÕES DE REAIS, LIBERADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE SÓ EM 2015?
 
SEM GRUPO DE EDUCAÇÃO NÃO SE CONTROLA O VETOR
 
Em Segundo lugar como o próprio PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE (PNCD) prevê desde 2002 (mas não executa), deveria ser criado em cada PREFEITURA ou ESTADO, ou pelo próprio MINISTÉRIO DA SAÚDE um grupo de EDUCAÇÃO, treinado que fosse antes do agente de saúde, bater na casa do morador, (condomínios fechados, igrejas, clubes e associações) e levar até ele informações de qualidade, com panfletos, demonstrando dessa forma que o proprietário do imóvel é o principal responsável pelo controle do vetor em sua casa ou domicílio.
 
INFELIZMENTE ISSO NUNCA EXISTIU, NÃO EXISTE, E, PORTANTO NÃO É FEITO, o que inviabiliza totalmente a proposta de trabalho do agente de saúde, que ao tentar realizar a visita TÉCNICA domiciliar, não raro encontra o morador apenas (quando o recebe) querendo que deixe com ele o chamado “remedinho”. Caso o agente solicite realizar a vistoria de forma cabal, como deve ser feito, é muito comum confusão com o morador, dizendo o mesmo que está muito ocupado (a), tem que sair logo, e que o agente de saúde é o único que quer criar dificuldades para ele.
 
Eu mesmo, recentemente visitei alguns imóveis no município em que atuo e um Senhor que se identificou como policial me disse em tom sarcástico e com ameaça de modo velado que só eu é que estaria querendo realizar a visita técnica de modo cabal nas dependências da sua propriedade. 
 
Falei-lhe de que não se tratava disso e sim da nossa missão institucional do controle do mosquito Aedes aegypti, que pode causar vários agravos a saúde, inclusive o Zika Vírus  e que seu bairro é um dos mais infestados do Município, com 2,5% de infestação, quando o tolerável pela OMS é até 1%. Identifiquei-me inclusive com a carteira também da OAB, o que em tese parece que o fez refletir, se acalmar e até me pedir desculpas pela indelicadeza inicial.
 
SEM RESPONSABILIZAÇÃO LEGAL AO MORADOR NÃO EXISTE CONTROLE AO VETOR
 
Em terceiro e último lugar nos parece que os técnicos do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) teriam se esquecido de atribuir ao agente de saúde maior autonomia legal, após evidentemente ter havido todas as tentativas para que o proprietário seja responsável por seu imóvel ao que tange o controle do vetor.
 
O próprio morador nos pergunta diariamente se haverá pelo menos a notificação do foco que reiteradamente encontramos em seu imóvel. Nos sonda rindo entre os dentes, pois sabem que o agente de saúde está ali para mais uma das inúmeras visitas anuais, só que para apenas ENXUGAR GELO.
 
ASSIM, COM ERROS ANTIGOS E SUCESSIVOS, FICA MUITO DIFÍCIL (IMPOSSÍVEL) O CONTROLE DO AEDES AEGYPTI NO BRASIL!


Crédito da Imagem: R7 Notícias
 
Fonte:
 
*Dissertação de Mestrado de Benigno Alberto Moraes Rocha
Orientadora: Profa. Dra. Marília Dalva Turchi
Goiânia – GO, 2008
 
Adaptação e algumas informações técnicas: Biólogo Ambiental Carlos Simas (Professor e Especialista pela UFRJ em Controle Químico de Insetos)
 
Retirado do endereço eletrônico abaixo especificado em 04/12/2015.
 
https://posstrictosensu.iptsp.ufg.br/up/59/o/BenignoAlberto-2008.PDF